Sacha Milivoev
Mercado negro de venda de órgãos aos olhos de uma testemunha
ocular
VOZ DA
RÚSSIA
27.10.2012. 17:10, UTC
“Pessoas vivas eram enroladas em arame farpado e lançadas para baixo, do cume de uma colina”.
Esta, provavelmente, é uma das recordações mais “suaves” do principal personagem do livro Um Menino da Casa Amarela, uma obra publicitária em prosa, cujo autor, - o escritor sérvio Sacha Milivoev, - conseguiu recolher, não um quadro completo, mas apenas um dos fragmentos dos monstruosos crimes, cometidos pelos terroristas albaneses em Kosovo antes e depois da agressão da OTAN contra a Iugoslávia.
O personagem principal do livro é um sérvio de 12 anos, que foi raptado em pleno dia e que por pouco não se tornou vítima dos chamados “transplantadores negros” na tristemente famosa “Casa Amarela”, situada na parte norte da Albânia. Aí foram mortas no mínimo 300 pessoas, na sua maioria, sérvios. Muitas fontes prestigiosas afirmam que seus órgãos tinham sido vendidos no estrangeiro, o que permitiu enriquecer substancialmente a “liderança” do bando terrorista, chamado Exército de Libertação de Kosovo.
De acordo com as informações à nossa disposição, a Voz da Rússia é o primeiro órgão da mídia mundial a publicar em português um fragmento do livro O Menino da Casa Amarela. "Eu sentia o cheiro de cloro, o cheiro esquisito do hospital e de remédios. A porta abriu-se e nós ficamos ofuscados com a luz intensa que vinha da sala de operações. Vi médicos e uma pessoa, prostrada na mesa, e os médicos tiravam algo do seu corpo com seringas grandes e grossas. Eu era ainda criança, tive medo, não compreendia, o que é que se passava.
Sinto-me perseguido por quadros horrorosos. Vi os médicos cortando cadáveres com uma serra, enrolando a vitima num lençol e, a seguir, num polietileno grosso. Chegaram uns rapazes, levaram embora o cadáver desmembrado. Tive medo de que eu fosse colocado na mesa logo a seguir mas permaneci calado pois tinha medo do careca que me mantinha sob a mira da sua pistola. Uma vez que o meu organismo estava debilitado pela hepatite aguda e pela icterícia, resolveram antes curar-me e somente depois tirar os órgãos. Foi aí que deixei esta casa maldita levando consigo o horror da morte."
Na entrevista à Voz da Rússia o autor do romance Sasha Milivoev revelou como tinha sido criado o livro O Menino da Casa Amarela, cujo personagem principal conseguiu, afinal, fugir do hospital e salvar-se.
"Ao estudar a lista dos desaparecidos e dos raptados em Kosovo, eu soube muito sobre o destino horroroso das vítimas. Nesta lista constam 1128 pessoas – mulheres, crianças, sacerdotes... Nenhuma delas deixou nem sequer vestígio. Recolhi o material para o romance conversando com as testemunhas oculares, e com as famílias que tinham perdido os seus entes queridos em Kosovo... O autor de uma obra literária tem o direito à ficção mas nesta situação a ficção era totalmente desnecessária – o número de depoimentos sobre a vida e sobre a realidade horrorosa foi suficiente. Vi tudo isso, como se tudo passasse na tela de um cinema. Não fui eu quem inventou a guerra de Kosovo.
E em 1999 foi submetido ao bombardeio por causa do chamado “caso Racak”, - uma aldeia, em que os sérvios teriam perpetrado supostamente uma chacina de albaneses. Foi a OTAN que bombardeou os sérvios e permitiu aos albaneses matar e expulsar o nosso povo e criar no nosso território um Estado criminal à custa dos recursos obtidos com o roubo de minérios e extração dos órgãos das pessoas raptadas. E se existe alguém que quer passar em silêncio o problema de transplantologia negra nos Bálcãs, isto significa que ele defende a si próprio ou alguém contra a justiça ou o opróbrio mundial."
O romance O Menino da Casa Amarela veio para mostrar ao mundo que “não somos o povo mais genocida do mundo”, como nos tentam apresentar. A procuradora da Sérvia deve tornar públicas as informações sobre os enterros secretos, da mesma maneira que tinha publicado os depoimentos de uma testemunha secreta, - antigo membro do chamado Exército de Libertação de Kosovo, - de como o coração foi extraído do corpo de um sérvio ainda vivo. Desta maneira seria possível demonstrar o fato de genocídio, perpetrado contra os sérvios.
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